quinta-feira, 24 de julho de 2008

Matéria que saiu no site da fundep:
Fica Vivo’ reduz índice de homicídios

A Fundep tem participação fundamental em um grande mut
irão social que acontece em Belo Horizonte para combater o inimigo comum: a violência. É o projeto ‘Fica Vivo’, que envolve a sociedade civil e o Poder Público na prevenção e na repressão aos crimes, principalmente homicídios, que na capital mineira alcançaram limites assustadores.Iniciado em 2002, a partir do aglomerado do Morro das Pedras, zona oeste da capital, onde estão seis comunidades, e considerada a região mais perigosa de Belo Horizonte, hoje o projeto, bem-sucedido, é adotado como política de segurança pública do governo de Minas. ‘Fica Vivo’ recebeu destaque da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Banco Mundial, que o adotaram como “modelo para intervenção em áreas violentas”.O projeto já está sendo estendido a cidades da Grande Belo Horizonte e poderá ser adotado também em outras regiões do Estado, como política de segurança pública. Em tão pouco tempo, o ‘Fica Vivo’ já se tornou um dos pilares do governo de Minas, pelos bons resultados obtidos: redução da criminalidade em todas as áreas onde está sendo aplicado.O exemplo emblemático do ‘Fica Vivo’, que reúne instituições como as polícias Federal, Civil e Militar, a UFMG/Crisp/Fundep, a Prefeitura de Belo Horizonte, o Ministério Público, a Secretaria de Defesa Social e o Conselho de Segurança Pública (Consep), é o que se deu no Morro das Pedras. De uma média de 17 assassinatos por mês registrados entre março e julho de 2002, cinco meses depois de iniciado o projeto, o número de homicídios já havia caído para nove. Cláudio Kindlé, gerente de Projetos e Serviços do Núcleo de Atendimento Externo (NAE), informa que a Fundep foi contratada pela Secretaria de Defesa Social, coordenadora do ‘Fica Vivo’, por intermédio da Superintendência de Prevenção a Criminalidade, a fim de que a execução do projeto ganhasse mais agilidade. Sem uma estrutura administrativa para fazer o que a Fundep oferece, o projeto não seria factível em tão pouco tempo e não teria a eficiência nem a eficácia que o tornou um ‘case’ de destaque internacional. “O papel da Fundep é o de executar o orçamento vinculado ao projeto que está sendo desenvolvido”, disse Cláudio Kindlé. Em verdade, a Fundep realiza um trabalho sem tamanho: faz compras, contrata todas as pessoas necessárias para todo tipo de evento e faz a execução orçamentária. “Contratamos shows e os mais diversos eventos realizados pela Secretaria de Defesa Social tendo em vista a mobilização das comunidades”, explica o gerente do NAE. A simples organização das comunidades, na opinião dele, já é um grande resultado do projeto. Essa organização se reflete e ganha dimensão a partir de várias ações com foco na redução da violência.O Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp) da UFMG, dirigido pelo sociólogo Cláudio Beato, tem também destacada participação no projeto ‘Fica Vivo’ porque desenvolveu a metodologia. Para isso, segundo Beato, “ficamos pesquisando durante algum tempo e fizemos análises de dados para depois desenvolver uma estratégia de intervenção”. O começo de tudo foi no Morro das Pedras. Hoje, o quadro lá é outro, completamente diferente, devido a intervenção do ‘Fica Vivo’. A comunidade se apropriou de novo do espaço que perdera. Antes, os moradores não podiam transitar de uma comunidade para a outra porque eram impedidos por homens armados. Atualmente, os moradores do Morro das Pedras têm vida associativa maior, as escolas estão mais seguras e todos têm uma relação mais próxima com a polícia que oferece atendimento exclusivo.Uma avaliação geral do projeto está em fase de conclusão, mas de antemão, os resultados são animadores: reduziu o número de homicídios em vários lugares, como confirma a diretora do projeto, Ludmila Faria, da Secretaria de Defesa Social.Segundo ela, há pouco mais de dois meses a experiência está sendo levada aos aglomerados do Alto Vera Cruz, do Taquaril, da Cabana do Pai Tomás, da Pedreira Prado Lopes, do Paulo VI, do Ribeiro de Abreu e do Aarão Reis.Ludmila explica que cada área tem uma intervenção estratégica diferente. Antes de iniciar as ações, o Crisp deu um curso de gestores para 30 pessoas em cada comunidade. Os gestores são chamados para discutir os problemas de segurança pública de cada uma das comunidades. Antes, porém, todo o seu patrimônio cultural, esportivo e de lazer é levantado e as pessoas são convidadas a participar oferecendo sugestões de oficinas de modo geral. Vinte oficinas são adotadas.Atualmente, segundo Ludmila, 2,4 mil jovens estão inscritos nas oficinas do ‘Fica Vivo’, o que dá uma média de 400 jovens em cada uma das regiões onde o projeto é executado. Entre eles estão vários que já passaram pelas oficinas do Morro das Pedras e agora são chamados ‘oficineiros’, e têm a missão de repassar o que aprenderam aos novatos. Segundo a diretora do projeto, os recursos aplicados são provenientes do Estado em parceria com a Secretaria Nacional de Segurança Pública. ‘Fica Vivo’ conta com o suporte do Gepar (Grupamento Especial para Área de Risco). Cada Gepar é composto por 24 homens da Polícia Militar, que dão atendimento exclusivo, 24 horas por dia, a cada área onde o ‘Fica Vivo’ está sendo adotado.

2 comentários:

meduzza disse...

muito bacana que Deus te abençõe e cada vez mais vc possa dar esses jovens o mundo novo na rea digital.
um abraço MeduzzaGomes Calazar.

Unknown disse...

Juntamnete com a Equipe, tento aproximá-los da era digital, já que hoje em dia isso é pré-requisito na maioria das áreas que eles buscam atuar. Agradeço a observação, isso só encoraja a gente a continuar.Que Deus abençõe.