sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Antes de você perceber Jesus nas luzinhas que piscam pela cidade, você O encontre primeiramente em seu coração. E, à frente de qualquer palavra que expresse seu desejo de um Feliz Natal, O encontre em suas ações.
Que você O encontre não só na alegria que sente ao sair das lojas com presentes para as pessoas que você ama, mas também na feição triste da criança abandonada nas ruas, na qual muitas vezes você esbarra apressadamente.

Que você encontre Jesus no momento em que pegar nas mãozinhas delicadas de seu filho, do seu irmãozinho, lembrando-se das mãozinhas pedintes, quase sempre sujas de calçada, que só sabem o que significa rudeza.
Que você O encontre no abraço de um amigo, lembrando-se dos tantos que só têm a solidão como companheira.
Que você O encontre na feição do idoso da sua família, lembrando-se daqueles que tanto deram de si a alguém, e hoje são esquecidos até pela sociedade.
Que você O encontre na lembrança suave e sempre viva daquela pessoa querida que já não está mais fisicamente ao seu lado, lembrando-se daqueles que já nem se recordam mais quem foram, enfraquecidos pelo vazio de suas vidas.
Que você encontre Jesus na bênção de sua mesa farta e no aconchego de sua família, lembrando-se daqueles que mal alimentam-se do pão e sequer um lar têm.
Que você O encontre não apenas no presente que troca, mas principalmente na vida que Ele lhe deu como presente.
Que você lembre-se, então, de agradecer por ser uma pessoa privilegiada em meio a um mundo tão contraditório!
Que você também encontre Jesus à meia-noite do dia 31 e sinta o mistério grandioso da vida, que renasce junto com cada ano.
Então festeje a alegria que lhe extasiou e a dor que lhe fez crescer!
Festeje pelo bem que foi capaz de fazer e pelo mal que foi capaz de superar!
Festeje o prazer de cada conquista e o aprendizado de cada derrota!
Festeje por estar aqui!
Abra os braços do coração para receber os sonhos e expectativas do ano novo.
Rodopie...jogue fora o medo, sinta a vida!...
Sonhe, busque, espere....ame e reame!
Deixe sua alma voar alto...pegar carona com os fogos coloridos.
Mentalize seus desejos mais íntimos e acredite: eles também chegarãoa o céu.
Irão se misturar às estrelas, irão penetrar no Universo e voltarão cheios de energia para tornarem-se reais.
Basta você querer de verdade, ter fé e nunca, NUNCA desistir ...

sábado, 4 de dezembro de 2010

        Aconteceu hoje, dia 04 de dezembro de 2010, na Avenida Madressilva(pracinha do Rosaneves)de 9 às 13 hs, um Evento em comemoração de aniversáro do Núcleo de Prevenção a  Criminalidade Rosaneves. O Evento teve como foco o encerramento de um Projeto realizado em etapas por parte do Mediação de Conflitos, englobando o Meio Ambiente em Rosaneves. O Nome do projeto é Rosaneves- Lixo Só na Lixeira!
      O evento contou com algumas parcerias da própria comunidade, como a ASCOBARONE- a Associação Comunitária do Bairro Rosaneves, O setor de Zoonozes e os agentes de controle a Endemias. Estavam presentes representantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, da prefeitura de Ribeirão das Neves, e também representantes do Curso de Administração e Ciências Biológicas da Faculdade UNIPAC de Ribeirão das Neves. O SESC teve uma participação essencial, levando às crianças da comunidade um pouco de lazer, já que Rosaneves é uma comunidade com poucos recursos e poucas opções de lazer. Foram disponibilizados brinquedos para a  diversão da criançada.
      Houve consciêntização sobre DST, conscientização em relação ao meio ambiente, coleta de materiais recicláveis e sorteio de brindes.
      As oficinas do Fica Vivo, voltadas para a Cultura, se apresentaram para o público presente. As oficinas de Artesanato expuseram seus produtos e as oficinas de inclusão produtiva deram apoio e fizeram divulgação dos locais das oficinas.
       Foi um encontro onde os Projetos Mediação de Conflitos e Fica Vivo!se confraternizaram com a Comunidade e divulgaram seus trabalhos, além de trabalhar a consciêntização dos moradores em relaçao a situação grave relacionada ao lixo no Rosaneves.
Há lixo em ruas, lotes vagos, locais de nascentes...Os Moradores precisam se mobilizar para melhorar isso. Era o que diziam os atores sociais envolvidos no projeto.
       Esses atores foram pessoas da comunidade se organizaram na realização desse projeto, pessoas da Associação como Leonora, dona Sílvia, e pessoas da comunidade que também são mobilizadoras, como Rosa, Valdereza, Marina, etc
     Parabéns a todos que se envolveram e realizaram com sucesso esse projeto.

Ai estão algumas fotos do evento, embora de pouca qualidade as imagens, por serem tiradas em um equipamento não profissional.
 Apresentação da Oficina de Capoeira

Oficineiros, técnica e  estagiária 
Oficineiro(a) de Rap ( Alexandre) e  jogos eletrônicos( Marcilene) no fundo da foto 
Alunos da oficina de Rap

Pula-Pula do SESC- Ra de Lazer

Barraquinhas de inclusão Produtiva

Atividades SESC-MG

Mobilizadoras sociais, Silvia, valdereza e  a Presidente da ASCOBARONE, Leonora.

Cassemira, na barraca de inclusão produtiva e  artesanato.

Técnica do Fica Vivo Nelma, Técnica do Mediaçãoe Mercês, moradora e mobilizadora do projeto.

Jovens participantes das oficinas de Informática e  de comunicação, trocando idéias e informações.
Ana Karolina, Grziele e a outra jovem eu não sei o nome.rsrsr

Momento do sorteio de brindes....



Oficineira de Futsal feminino, Sueli, agente de campo Rose, oficineiro Wallace( manutenção de computadores) e Filipe( Informática)


Cartazes de divulgação das oficinas de informática I e II,
jogos eletrônicos e  manutenção de computadores



Apresentação ddos jovens da Oficina de Dança de Rua.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

FALANDO DE JUVENTUDE

O conceito de juventude é, em princípio, provisório. Costuma-se decolar de um conceito demográfico, incursionando-se por aportes da psicologia, da antropologia e da sociologia. Comumente a referência é ao corte de 15 a 24 anos. Mas há que aprofundar a análise e a compreensão sobre significados, construções simbólicas, relações sociais estabelecidas pelos jovens, bem como sobre identidades elaboradas com base em gênero, estrato socioeconômico, raça e etnicidade, entre outras referências para melhor compreender a multiplicidade do real.

Uma abordagem dessa natureza permite identificar não uma única juventude, homogênea, mas juventudes, no plural, além de possibilitar uma discussão a respeito das representações sociais a respeito dos jovens nesses tempos. Afinal, é preciso considerar que há diferentes formas de considerar os jovens, assim como há diferentes maneiras de eles se afirmarem como sujeitos, considerando inclusive distintas organizações sociais de referência como, por exemplo, a escola, a família, o Estado e a mídia.

CONCEITO DE PROTAGONISMO JUVENIL

Ser protagonista significa ter pró-atividade na busca por alternativas de enfrentamento dos diversos problemas que estão colocados na atualidade local e global. Melhor dizendo, protagonismo é um estado de espírito que requer postura, prática, habilidade, criatividade e muitos outros elementos. O protagonismo se constrói no cotidiano, nas “batalhas” travadas no dia a dia, em qualquer que seja o âmbito de atuação da juventude. (Deboni, 2004)

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Rosaneves Parte 01

Documentário Rosaneves - Parte 02

Estamos Vivos_Parte_03

Estamos Vivos_ Parte_02

Estamos Vivos - Parte 01

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Jovens das Oficinas de Informática (Oficineira Letícia) e de bordado em Pedraria (Oficineira Lúcia) do Projeto Fica Vivo participaram das atividades realizadas pela Comunidade Batista Cristo é a Vida, no Bairro Rosaneves.
No último dia 1º de Maio, o Pastor Jandeir, responsável pela igreja, realizou o 4º passeio ciclístico do Rosaneves, onde toda acomunidade pode participar.
Durante a manhã aconteceram diversas atividades como o passeio ciclístico, barraquinhas, rua de lazer (em parceria coma Secretaria de Esportes de Ribeirão das Neves) e sorteio de vários brindes doados pelos comerciantes do bairro.
O Evento contou com o apoio da Polícia militar que contribuiu com a segurança.











Para refletir

O desafio do combate à violência

As formas de combater essa violência suscitam diversos debates entre acadêmicos, autoridades, políticos e a população em geral. Há uma diversidade de soluções apontadas para conter o crime que podem ser agrupadas em duas correntes principais. De um lado temos uma estratégia repressiva, na qual a ênfase se dá na responsabilização e punição do criminoso como meio de diminuir a incidência dos crimes. Para tanto, uma política repressiva buscará o incremento da polícia, maior rigor na aplicação das penas, mais eficácia da Justiça Criminal e aumento das penitenciárias.

Em um enfoque distinto, as estratégias preventivas visam a impedir que o crime aconteça, agindo sobre as causas sociais que incentivam a criminalidade. Nesse caso, a busca da inclusão social, a ressocialização do detento e a defesa dos direitos humanos são colocadas como meios de combater a violência. Uma política preventiva dá preferência à assistência social, em detrimento da punição e vê a causa do crime na situação social e não na responsabilidade do indivíduo criminoso.

O controle da criminalidade violenta é um processo complexo que envolve uma negociação delicada na busca da ordem social que deve passar pelo respeito aos direitos individuais. O esforço em diminuir a incidência de crimes envolve não só a ação policial ou assistencial, mas uma cooperação entre diversas áreas como o sistema educacional, de saúde pública, de Justiça Criminal, atividades culturais, condições de moradia e emprego etc. A articulação adequada dessas áreas, focada principalmente no público jovem, é o desafio para uma política de segurança pública que possa trazer resultados positivos.
Projeto de vida: para jovens que querem mais

“Por tanto amor, por tanta emoção, a vida me fez assim, doce ou atroz, manso ou feroz, eu caçador de mim. Preso a canções, entregue a paixões, que nunca tiveram fim, vou me encontrar, longe do meu lugar, eu caçador de mim. Nada a temer senão o correr da luta, nada a fazer senão esquecer o medo (...) Longe se vai, sonhando demais, mas onde se chega assim? Vou descobrir o que me faz sentir eu caçador de mim.”
Luiz Carlos Sá e Sergio Magrão - Caçador de mim

Tão sensível e visceral, a poesia dessa música pode ser um primeiro texto para refletirmos sobre o que é um Projeto Pessoal de Vida, e como é importante conhecer-se para poder dar passos seguros rumo à realização pessoal. Assim, cada jovem, como pessoa saudável e feliz, terá a segurança necessária para ser protagonista da construção da sua própria história e da sociedade em que vive. Por isso é necessário organizar e planejar os rumos da própria vida.

Uma maneira de concretizar esse planejamento é através da elaboração do Projeto Pessoal de Vida. Ele é essencial para toda mulher e todo homem, é um caminho de opções e discernimento que influenciará os rumos de uma pessoa que quer ser feliz. Pensar e escrever o projeto de vida ajuda cada pessoa que o faz a encontrar os elementos necessários para que possa tomar decisões maduras e acertadas, contribuindo para sua realização como pessoa ativa na sociedade.

Passos na elaboração do projeto

Muitos(as) educadores(as) de jovens têm se especializado em conhecer esse exercício, primeiro para si, para construir seus próprios projetos de vida, depois, e como desdobramento, se capacitam para ensinar e acompanhar outras pessoas.

A construção do Projeto Pessoal de Vida começa com uma pergunta existencial: qual é o meu lugar no mundo? Para responder a esta questão é necessário recordar a história pessoal e procurar retomar, com a inteligência e com o coração, os caminhos por onde cada um andou. Esse exercício pode se tornar algo muito especial e prazeroso porque envolve, necessariamente, o diálogo com outras pessoas. O ponto de partida poderá ser uma conversa com pais e mães ou com os demais familiares e gente próxima, escutando-os sobre você e os acontecimentos que o(a) cercaram desde o seu nascimento.

A elaboração do Projeto Pessoal de Vida é um processo contínuo, que se faz no cotidiano. Jamais poderá ser um trabalho para crescer e caminhar sozinho. Depois dessa primeira parte, a sugestão é você ampliar um pouco mais o olhar. Pensar as relações com Deus, consigo, com os outros(as), com as coisas; em casa, na escola, no grupo de amigos, de jovens, no trabalho.

Não é bom que o planejamento do projeto de vida seja um exercício para a auto-suficiência, voltado só para a pessoa que o elabora. Ao contrário, é bom que seja um instrumento para a pessoa estar mais inteira, trabalhando para o crescimento do coletivo.

Um novo passo é pensar a pessoa e suas relações mais próximas e que tanto influenciam nossas escolhas. Chegou, então, o momento de conversar com os(as) amigos(as), com os(as) colegas do grupo de jovens, da escola e do trabalho. É indispensável nesse momento conversar sobre como anda a vida do planeta, como está o momento sociopolítico do país, como se está cultivando ou não as relações interpessoais com o(a) namorada(o), com os(as) amigos(as), com a turma do grupo de jovens, com o pessoal da escola e do trabalho etc. Uma pergunta fundamental é: que projeto pessoal de vida quero construir?

A ausência de um projeto de vida pode levar à perda da própria história, correndo também o risco de perder a própria identidade, bem como as perspectivas de futuro. Sonhar o futuro mobiliza a razão e o coração frente ao novo que nos desafia a fazer parte e a ser construído. É uma experiência saudável e estimulante para toda pessoa, mas, para um(a) jovem, é como uma fonte de inspiração para os ideais e as ações que certamente trarão felicidade para si e para outros(as).


Colocando no papel

Inicie revendo os aspectos mais importantes de sua vida: personalidade, família, estudos, trabalho, amizades, namoro, a comunidade e a sociedade em geral e responda mentalmente: O que tenho de deixar de fazer, já? O que tenho de começar a fazer, já?

Em seguida pegue sua agenda ou caderno e de forma mais sistemática responda às questões que propomos:

1) O que sou? Características, valores, potencialidades, limites, condições de vida etc.

2) Em quem acredito? Qual o rosto/imagem/experiência/visão de Deus que a minha vida deixa transparecer? Em que pessoas, de casa e da comunidade, confio? De quais lutas e causas participo? De quais quero participar?

3) Qual o meu compromisso? “Eis que faço novas todas as coisas.” Que sinais, que respostas concretas devo dar na vida, no cotidiano? Estabeleça metas a curto e a médio prazo.

4) Liste os recursos e pessoas que você poderá buscar para ajudar a realizar o seu projeto.

Agora é cabeça e mãos a pensar e a escrever. Não perca tempo, comece agora a fazer esse caminho rumo a horizontes do encontro consigo mesmo e com todas as pessoas que sonham e lutam pela vida e a querem cada vez mais bonita.
Buscando a juventude que existe em cada um de nós

Convoco você para a defesa da vida e a retomar a vocação à felicidade. Seremos felizes na medida em que nossos direitos de pessoa forem respeitados e tivermos espaço para viver intensamente os nossos dons e nos revelar em nossa originalidade.

A juventude é plural e diversa. Respeitar e oportunizar para que essa juventude possa situar-se no mundo e projetar-se nele como pessoa feliz é tarefa de todas as instituições, desde a família, grupos de jovens, escola, trabalho, igrejas, sindicatos, associações... É preciso saber acolher, escutar e valorizar a novidade que são os jovens em suas idéias e descobertas, também no desejo de construir um mundo mais justo.

O sistema gera violência

Em uma sociedade marcada pela má distribuição de rendas e de bens, a vida vai perdendo o sentido. As pessoas passam a ser julgadas pelo que possuem e são condenadas às prisões por causa da cegueira em torno do patrimônio. Fica reduzido o grupo que detém toda riqueza do mundo contra a maioria que vive em estado de ausências, perdendo sua condição de dignidade humana. A falta de um espaço de acolhimento, de alimento, de carinho, de criação, de conhecer, de poder locomover-se e de viver como gente afeta a vida da pessoa e sua construção de uma vida mais feliz.

Essa sociedade injusta centra toda sua produção, sua informação e comunicação nos bens. E a pessoa humana fica à margem. Esse movimento é gerador de muita violência. Os meios de comunicação, com todos os seus recursos de informação, mobilizam nossos desejos para consumir, ao mesmo tempo em que o sistema econômico centraliza esse poder de compra nas mãos de uns poucos.

Nesta sociedade também se oferecem meios para dopar os desejos e para controlar as frustrações, através dos vários tipos de drogas. Elas também servem para manter o sistema. O narcotráfico está bem organizado e sustenta a economia do mundo. Junto com ele estão as indústrias bélicas, que mantêm as guerras e o funcionamento do comércio das drogas. Também há outros recursos que envolvem as pessoas como as novelas, criando um mundo de personagens, com problemas e com idéias, que nos ajudam a manter a mente em outro lugar que não seja em nossas vidas.

Todo esse sistema em funcionamento na sociedade é gerador de violência. Impede a maioria dos jovens de organizar seus projetos de vida e de realizar seus sonhos, o que muitas vezes os empurra para a marginalidade.

Queremos viver

“A juventude quer viver”!


Nessa conversa convido vocês jovens a defender seus direitos: lazer, saúde, educação, trabalho, moradia, entre outros. Vamos lutar contra a redução da maioridade penal, porque creio que uma pessoa em formação merece ser tratada de modo diferenciado. Façamos um voto de confiança na vida da juventude e vamos motivar os jovens a discutirem sobre temas que influenciam diretamente em suas vidas. Vamos provocá-los a ler os acontecimentos e a pensar por eles mesmos.

Apesar da divulgação sensacionalista que a mídia faz de crimes que envolvem jovens, principalmente quando as vítimas são filhos(as) de famílias abastadas, os(as) adolescentes responsáveis por crimes violentos são minoria: dos crimes praticados no país, segundo pesquisas apenas 10% são cometidos por adolescentes e só 1,09 % dos crimes que envolvem homicídios são praticados por pessoas com até 18 anos. Isso a despeito de serem jovens as principais vítimas da violência.

Os números se elevam apenas nos casos de tráfico de drogas (12,08%) e porte ilegal de armas (14,8%). Dessa forma, caso fosse adotada a redução da maioridade penal, isso traria um impacto extremamente reduzido no que se refere à redução da criminalidade.

Um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) concluiu que 15% dos jovens que trabalham no tráfico têm entre 13 e 14 anos. O que faz supor que não haveria dificuldade em aliciar crianças cada vez menores a cada redução proposta na maioridade penal. Assim, rebaixar a idade penal equivale a jogar, cada vez mais cedo, as crianças no mundo do crime.

Queremos que todos os jovens possam ter direito à vida, à participação em grupos, a organizarem-se para que a vida em abundância aconteça e que as estruturas de morte sejam responsabilizadas pela violência e não os jovens e pobres que não têm a mínima condição para viver.


Precisamos debater e tratar dessa questão, nos envolver nesse fato.Precisamos integrar os jovens na sociedade, compartilhar com eles as descobertas que fizemos em nossos caminhos.
Ser jovem... Sou jovem...

A Juventude brilha, mesmo quando a luz se apaga
Sou jovem
Sonhador, trovador,
À procura de oportunidades.
Trago no rosto a face do Cristo Libertador
Que cativa, que sorri,
Que gera amor.
Nos pés a ousadia de caminhar,
Desvendar, buscar horizontes.
De mãos dadas comungar os mesmos sonhos,
Conquistar, aproximar,
Abraçar o mundo,
Encantar.

Sou jovem,
Que encara o medo,
Que não teme o perigo,
Que busca a sorte.
Oxalá pro meu tempo.

Sou jovem
Do campo, da cidade.
Jovem do cabelo enrolado,
Do gingado,
Da pátria mãe gentil.
Brasil.

Sou jovem
De tantos rostos, amargura.
Carrego no peito a coragem e
O coração na espada,
Tantas inquietações, tantas lutas dia a dia,
Tanto sangue, suor, poesia,
Tantos refrões cantados,
Declamados, rezados,
Vida minha quer liberdade.






Por

Fábio Ferreira

Vitória da Conquista-BA
Educação inclusiva:
um sonho que não se sonha só

Se queremos a mudança, temos que vencer a resistência.
Se temos múltiplos saberes, devemos aprender a desconstruir para incluir.
Se somos educadores, devemos:
Aprender a enxergar o que não é visto
Ouvir o que não é dito
Entender o que não é falado
Acolher a todos em sua totalidade e diversidade
Como pessoas de direitos
E co-responsáveis por sua cidadania e cidadania de todo(a)s.

Se sonhamos com uma educação inclusiva, devemos:
Sonhar de mãos dadas
Cultivar a sensibilidade e o entusiasmo
Transformar palavras em ação
Acreditar que podemos conviver com a divesidade e pluralidade
Limitações e possibilidades de superação da realidade que temos
Construindo passo a passo,
A realidade que queremos!

“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma de nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, tere-mos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos”.

Fernando Pessoa
Quem não sabe de ajuda

Como pode a voz que vem das casas ser a da justiça
Se os pátios estão desabrigados?
Como pode não ser um embusteiro
Aquele que ensina os famintos outra coisa
Que não a maneira de abolir a fome?
Quem não dá o pão ao faminto quer a violência
Quem na canoa não tem lugar para os que se afogam
Não tem compaixão.
Quem não sabe de ajuda, que cale!


Bertold Brecht
O analbetismo escraviza

O analfabetismo é tão analfabeto
Que chega a ser explorado.
O analfabetismo é tão grave
Que chega a ser um enorme problema.
O analfabeto é tão simples
Que chega a se sentir um ninguém,
Chega a ser discriminado.
O analfabeto é tão humilde
Que chega a ser oprimido pelos outros.
Mas o analfabeto é tão humano
E chega a ser esquecido pela humanidade.
A nossa sociedade pensa muito em consumir,
Tirar proveito dos que não sabem se defender.
Temos que reagir,
Exigir cada direito que nos foi dado,
Aprender para ser respeitado.
Estatuto da Criança e do Adolescente
Leitura Poética

Todos nós temos direitos
uns menos outros mais
mas existem alguns direitos
chamados fundamentais

direito fundamental
é o direito de nascer
o direito de mamar
o direito de crescer

direitos fundamentais
todos temos que saber
se quisermos garantir
o direito de viver

Nós temos tantos direitos
que não podemos contar
o direito de ir e vir
o direito de opinar

o direito de brincar
de procurar diversão
o direito de criar
o direito de expressão

nós temos tantos direitos
que é importante observar
se a vida nos dá direitos
direito é participar

Conviver com nossos pais
com os amigos e vizinhos
é direito e é razão
pra não vivermos sozinhos

os nossos pais verdadeiros
ou nossos pais adotivos
formam a nossa família
nos tornam ainda mais vivos

com amor e amizade
é que podemos crescer
faz parte da nossa vida
a arte de conviver

O trabalho é um direito
é preciso trabalhar
observando a idade
o modo certo e o lugar

crianças e adolescentes
têm direito à proteção
antes de ter trabalho
têm que ter educação

pois só o conhecimento
e uma boa orientação
podem possibilitar
a escolha da profissão

Também é nosso direito
o direito de saber
investigar, pesquisar,
observar e conhecer

não basta a escola da vida
para ensinar a viver
o professor e o livro
ajudam a compreender

o cinema e o museu
a biblioteca e a TV
o estudo é permanente
ninguém pára de aprender

Mas em questão de direito
temos que ter atenção
pra que o direito não sofra
ameaça ou violação

está decretado agora
e para sempre será
a lei é pra prevenir
não dá pra remediar

crianças e adolescentes
são seres em formação
quem não cuida da semente
perde toda plantação

As crianças têm direitos
e nós a obrigação
de oferecer atendimento
e especial atenção

pra que ninguém sofra abuso
crueldade ou opressão
nem seja submetido
a qualquer exploração

a família e a sociedade
e estado e a união
todos são responsáveis
por essa proteção

Porém se a criança erra
comete uma transgressão
o castigo com violência
não é a melhor solução

está provado e comprovado
não há por que duvidar
o ser humano que erra
pode voltar acertar

nós temos tantos direitos
até o direito de errar
o milagre da existência
é a gente poder mudar

Crianças e adolescentes
só poderão ser felizes
se crescerem sem traumas
sem cortes sem cicatrizes

se os pais tiverem trabalho
justiça e dignidade
ensinarão aos seus filhos
o amor e a liberdade

ser livre é crescer com fé
com alegria e esperança
é saber olhar o mundo
com os olhos de criança

A lei é linda porque
sem lei não há liberdade
sem liberdade não pode
existir felicidade

a liberdade não é
fazer o que se pretende
ser livre é cumprir a lei
assim a gente se entende

crianças e adolescentes
merecem ser respeitados
para que todos tenham
seus sonhos realizados.


Eliakin Rufino

Partida de Basquetebol no Minas Tênis Clube

Excursão com a turma da aula de Informática ao Minas Tênis Clube