segunda-feira, 7 de junho de 2010

Para refletir

O desafio do combate à violência

As formas de combater essa violência suscitam diversos debates entre acadêmicos, autoridades, políticos e a população em geral. Há uma diversidade de soluções apontadas para conter o crime que podem ser agrupadas em duas correntes principais. De um lado temos uma estratégia repressiva, na qual a ênfase se dá na responsabilização e punição do criminoso como meio de diminuir a incidência dos crimes. Para tanto, uma política repressiva buscará o incremento da polícia, maior rigor na aplicação das penas, mais eficácia da Justiça Criminal e aumento das penitenciárias.

Em um enfoque distinto, as estratégias preventivas visam a impedir que o crime aconteça, agindo sobre as causas sociais que incentivam a criminalidade. Nesse caso, a busca da inclusão social, a ressocialização do detento e a defesa dos direitos humanos são colocadas como meios de combater a violência. Uma política preventiva dá preferência à assistência social, em detrimento da punição e vê a causa do crime na situação social e não na responsabilidade do indivíduo criminoso.

O controle da criminalidade violenta é um processo complexo que envolve uma negociação delicada na busca da ordem social que deve passar pelo respeito aos direitos individuais. O esforço em diminuir a incidência de crimes envolve não só a ação policial ou assistencial, mas uma cooperação entre diversas áreas como o sistema educacional, de saúde pública, de Justiça Criminal, atividades culturais, condições de moradia e emprego etc. A articulação adequada dessas áreas, focada principalmente no público jovem, é o desafio para uma política de segurança pública que possa trazer resultados positivos.

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